sábado, 7 de dezembro de 2013

Carros elétricos, um choque




Carros elétricos. Eletrizante idéia. Mas servem mesmo para que?

Nada muda, de expressivo, entre a fabricação de um carro elétrico e a fabricação de um carro convencional, a gasolina. A não ser, é claro, a preciosa bateria, o processo de produção da qual emite tanto CO2 que, alimentado o carro por energia elétrica de origem hidroelétrica ou nuclear, as quais não produzem CO2, precisa 50 mil km para compensar o CO2 que o carro elétrico poupa em seu funcionamento. Ou seja, o processo de produção da bateria, desde a extração de seus componentes minerais, emite tanto CO2 quanto o carro a gasolina percorrendo 50 mil km.

Nada muda, de expressivo, na forma como o carro se insere no estilo de vida associado à produção do Aquecimento Global. Ou seja, o carro elétrico é uma miragem causando a ilusão de que se está mitigando mais do que de fato se está, quando se está.


No Brasil, onde a energia elétrica é basicamente de origem hidráulica, podem tentar usar o argumento da mitigação para incentivar seu uso, aumentando o teor de importação nos carros e onerando a balança de pagamento. Mas, na verdade, acréscimos de demanda de energia elétrica têm a tendência a serem, no Brasil, agora supridos por mix de energéticos de origem fóssil e de origem eólica Ou seja, o atendimento acréscimos de demanda têm por tendência a presença de um peso ponderável de emissores de gases de efeito estufa..

O Brasil tem a melhor solução na área automobilística. Carros cujos motores funcionam a álcool são tão não emitentes de CO2 quanto os carros elétricos movidos a energia elétrica de origem hidríca ou nuclear, simplesmente porque são não emitentes líquidos de CO2. Poupam o equivalente à emissão de 50 mil quilômetros rodados para a fabricação das potentes baterias de lítio. Mas as cabeças de colonizados possivelmente vão aplaudir a importação de carros elétricos. E, possivelmente, também, serão usados, por serem mais caros, como bens de ostentação, como, em geral, são os SUVs diesel em relação aos modelos idênticos a gasolina.

Carros elétricos servem mesmo para, do ponto de vista do imenso investimento produtivo comprometido com a emissão de CO2 e do correspondente estilo de vida, que tudo permaneça como dantes no planeta de Abrantes. Afinal,

carros elétricos não são garantia contra aquecimento global. São, nestes aspecto, inferiores aos carros a álcool.

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